terça-feira, 22 de setembro de 2009

Bufador

Hoje eu escutei a seguinte frase: "um bufador sempre encontra outro à altura".
Estava contando para minha mãe uma situation que passei ontem, quando uma pessoa bufafa de raiva ou de sei lá o quê por estar trabalhando. Pedir para que trabalhe, para muitos, é quase uma ofensa!
Só que a sorte dessas pessoas não é muito favorável, então elas não nasceram com dinheiro e PRECISAM trabalhar para se sustentarem. No entanto, a coisa foi tão esquisita ontem que até agora não entendi aquele circo. Mas tudo bem. Prefiro não entender.
Agora, que eu fico bufando por aí é mentira, mas que eu bufo de vez em quando, ahh, isso é verdade! Principalmente quando me irritam. Mas me peça para trabalhar que eu não vou reclamar nem um pouco [ganhando para isso então...].
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Antes de ir embora...
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Sempre penso em voltar, mas sempre é tão difícil. As coisas da minha vida estão enlouquecidas... Hoje eu sei porque muitos preferem pagar alguém para fazer a sua monografia.

E eu achando que iria ser o máximo escrevê-la...

Mas é isso... as coisas vão se acertar, se Deus quiser!
Obs: alguém quer escrever a minha mono?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Querem acabar com o Jornalismo...



A partir de agora não é mais necessário o diploma de jornalismo para se exercer a profissão. Foi homologada ontem pelo STF (Supremo Tribunal Fanfarrão) o recurso Extraordinário RE 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo.

Esse infame julgamento deu fim a uma conquista de 40 anos do jornalismo e da sociedade em geral. Por incrível que pareça, foi durante a ditadura militar em 1969 que o o diploma passou a ser obrigatório para exercer o jornalismo.

O próprio presidente do STF, Gilmar Mendes, foi o relator do recurso. Em seu discurso ele cometeu a asneira de comparar a profissão de jornalista com a de culinária e de corte e costura (das quais não é exigido o diploma, mas na minha opinião deveria ser). Dos outros 9 ministros, 7 seguiram o voto do relator e apenas o ministro Marco Aurélio foi sensato e votou a favor da manutenção do diploma. Todos que votaram a favor justificaram que a exigência do diploma de jornalista limita a liberdade de expressão, que segundo a Constituição é para todos.

Quando eu soube que o recurso foi pedido pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo, logo vi a real intenção por trás desse discurso escroto sobre a liberdade de expressão. Sem a obrigação do diploma, as empresas vão poder pagar menos do que a mixaria que pagam atualmente, uma vez que o profissional estará menos qualificado. Ou seja, se você estagiário (que nesse caso deve ser extinto) ou jornalista formado, já ganhava pouco e trabalhava muito, agora você vai continuar trabalhando muito, vai ganhar menos ainda e pode ser substituído por alguem formado em economia, educação física, direito e etc...

Essa medida teve o apoio do STF simplesmente por que vai desqualificar e assim enfraquecer aqueles que mais investigam e descobrem os podres da política brasileira. Depois do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), relator do processo aberto no Conselho de Ética contra o deputado Edmar Moreira (aquele que construiu um castelo em Minas Gerais) afirmar que não está se lixando para a opinião pública, não é de se espantar que a corja política brasileira esteja apoiando esse absurdo.

De certo as Faculdades de Jornalismo não serão extintas, mas muita gente não vai querer passar 4 anos ou mais estudando e pagando (no caso das particulares) para no final competir com alguém que seja formado em outro curso ou pior, recém formado no ensino médio. O nível das redações cairá drasticamente, podendo colocar em dúvida a credibilidade jornalística.

Quero deixar bem claro que não sou contra pessoas formadas em outras áreas serem também jornalistas para escreverem sobre suas especialidades. Mas para isso, considero que a melhor opção seria a criação de uma pós-graduação em jornalismo ou algo parecido. O que não pode acontecer é alguém que não tem o mínimo de preparo competir no mercado de trabalho com nós estudantes e jornalistas formados.

Tá certo então pessoal!!!

Até a próxima!

domingo, 10 de maio de 2009

Muito pouco...

Contribuir para a memória e a cultura na internet tem sido uma tarefa difícil estes últimos dias. As pessoas que me cercam nem aguentam mais ouvir falar da minha monografia que já mudou de enfoque três vezes e dessa vez é para valer! mas enfim, é a vida.

Hoje, dia das mães, já dei parabéns para a minha faz tempo, já dei o presente faz tempo, só faltou lavar a louça. Mas essa fica pro meu pai.

Enfim... como eu tava dizendo... o que eu tava dizendo?

Gente, assistam isso aqui e sejam felizes.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Saber viver

Pensei em começar esse texto por uma breve introdução. Mas, eu não sou do tipo de pessoa que gosta de rapidinhas. Sou uma pessoa excêntrica, fora dos padrões normais, desajeitada, atrasada. Resumindo, serei seu pedaço de mau caminho as quintas. Mas as minhas quintas são como eu, fora do padrão. Desculpa se a minha quinta-feira for a sua sexta-feira, tudo depende de um modo incomum de enrolar as pessoas com argumentos infindáveis.

O tema dessa semana é adolescência. Incrível como eu me sinto uma velha psicóloga de 40 anos que falará sobre um tema super distante da realidade. Mas, não sou psicóloga, não tenho 40 anos (UFA!) e adolescência não é um tema tão abstrato pra mim. Eu posso dizer que eu ainda vivo nessa fase, respiro, sorrio para ela todos os dias. Me considero um misto de criança e adolescente. Mas, não me chamem de adulta, madura, “crescidinha”. Isso me remete idade, cabelos brancos, preocupação, contas para pagar e por aí vai... Ser adolescente é ter espírito livre de mau humor, é viver cada hora como se fosse o último instante e ter curiosidade de ter da vida mais e mais.

Ser adolescente é encontrar com os amigos na sexta-feira, virar uma garrafa de vodka da pior qualidade e achar que o mundo é lindo. É romper o seu primeiro namoro e chorar litros de lágrimas achando que o mundo vai acabar e que você não consegue viver sem a tal pessoa. É pintar a cara e ir para as ruas defender um ideal e achar que o sistema mundial vai mudar no dia seguinte. É experimentar conhecer novos lugares, novas sensações, novas pessoas, novos sabores, aromas...

Pra fazer tudo isso, não há idade estabelecida. Há espírito. Existem pessoas que vivem a adolescência e esquecem o quão bom era viver aqueles momentos. Passam pela vida falando mal de quem vive essa etapa tão gostosa, independentemente de idade. Sabe, meu discurso torto pode parecer a primeiro instante saudosista. Mas, quem te disse que eu não sou uma adolescente ainda?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tudo pra cair em saudade...

- Boa noite... é... desculpem o atraso... bem, por onde eu começo? (tempo...)
Ah tá, me apresento, né? Podemos começar de novo?
Lá vai:
Olá, boa noite!
Quem sou eu? Ai, perguntinha difícil... eu sou a Clara, que estará por aqui às quartas-feiras. Também sou filha de Terezinha e Sérgio, irmã de Alessandra, Diego e Rani. Ah, eu estudo Produção Cultural e sou namorada do André, o Joca. Se tudo der certo pego o diploma no final do ano que vem. Amo ler. Vou confessar que até pouco tempo tinha muita preguiça, sabe? Mas agora amo os textos acadêmicos! Deve ser porque encontrei algo que gosto de fazer, não é? Passei a gostar mais e ter menos preguiça de ler os romances, depois disso. Faço análise desde 2000. Não, não direto. Parei e voltei muitas vezes. E sempre com analistas diferentes! Há três anos estou com a mesma. Adorando! Fazer análise é formidável (tanto quanto a palavra formidável). Você devia experimentar! Bem, trabalho com Dulce Bressane em sua produtora, Bressane Conforti, mas que usa bastante o selo Companhia da Arca. Trabalhamos, por enquanto, com teatro infantil.
Ops, comecei a usar a primeira pessoa do plural, né? Melhor voltar a mim, primeira do singular.
Fui uma das primeiras a escrever por aqui, quando esse blog surgiu. Recebi um convite pra voltar e aceitei. Vamos ver no que vai dar.
Como nessa primeira semana não temos um tema sobre o qual escrever, opinar, criticar etc., fiquei em dúvida sobre o que falar. O tudo se torna nada nessas horas, espero que o nada se torne tudo. Espero também que você tenha lido até aqui. E que leia até o fim! Mas, de forma alguma, sinta-se obrigado(a). Sem cerimônias, por favor.
Estava indo trabalhar e, no caminho, li algo que me interessou. Vou dividir com você:
"- Não sei explicar, mas lá é como este café adocicado e quente. Minha mãe chegava a me abafar com tanto amor, preferia às vezes que me amasse menos. O velho disfarçando com carrancas, tios e tias estourando por todos os lados com os batalhões de primos. Aconchegos, festinhas. Lembro de todos, amo todos mas não tenho vontade de voltar. Isso é saudade? Foi um período que se encerrou. Aqui começou outro eagora vai começar um terceiro período e então fico com esses dois períodos para lembrar. Será saudade?
- Acho que sim. Quando noviça, eu pensava muito na minha gente. Sabia que não ia voltar mas continuava pensando com tanta força. Como quando se tira um vestido velho do baú, um vestidoque não é para usar, só para olhar. Só para ver como ele era. Depois a gente dobra de novo e guarda mas não cogita jogar fora ou dar. Acho que saudade é isso." (Lygia Fagundes Teles, em As Meninas)
O máximo, né?
Talvez tenha me identificado tanto por ser saudosista.
Sinto um enorme prazer em ler textos antigos, cartas, lembrar de coisas boas, cheiros bons, gostos...
Sei que o lugar do passado é no passado. Mas não por isso permito que ele deixe de fazer parte de mim.
Lygia me traduziu.
Hoje, no mesmo dia em que a li, volto a escrever aqui.
Mais que saudade, necessidade.
Estou de volta.

domingo, 19 de abril de 2009

Meu melhor do lado escuro

Esses dias estive conversando com um amigo sobre música. Há tempos não converso com alguém sobre tantas informações musicais, as lembranças do meu passado, de uma adolescência marcada pela música e recheada de mistérios.
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O medo da maldição dos 27 e do arrepio de ver clipes com conteúdo. Pessoas inteligentes pesquisam, conhecem autores, filmes inteligentes e realizam trabalhos magníficos, que primam pela qualidade e pela inteligencia dos seus ouvintes e espectadores.
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Na quarta-feira passada, cheguei na aula e a professora estava passando o filme "The Wizard of Oz". Na mesma hora, lembrei do dia que assisti ao mesmo filme com uma vitrola do lado e o som da tv no mudo. Quando entrei na sala, pensei: Coloca Pink Floyd aí, profe".
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É... ela colocou sem eu ao menos pedir.
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Dez anos se passaram desde a primeira vez que assisti aquele filme e o que eu senti foram os medos e as indagações que tinha naquele tempo.
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A conversa com meu amigo foi quase um desabafo de um desespero que carrego desde que saí da minha adolescência: o medo de nunca mais aparecer nada de bom na música. Acho que a última coisa surpreendente que pude ouvir desde então foi Nine Inch Nails em 2000. De lá pra cá, passaram 9 anos e agradeço àquela que me apresentou a banda.
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NIN me emociona muito.
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Mas o desespero persiste e não é só meu [ainda bem], pois muitos têm o mesmo sentimento de falência musical.
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Nada é novo. Tudo é o mesmo. O "mais do mesmo" que Renato Russo dizia. Nada incomum, tudo uma grande indústria de bonecos que falam frases iguais, que fazem batuques iguas - como se todos fossem iguais.
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Eu não sou igual!
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Vejo pessoas se gabando por um Myspace que todo mundo tem, por umas batidas, umas letras, uma mesmice! Sei que todos têm referências musicais. A minha aversão é daqueles que cantam e se vestem iguais.
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Gestos, voz, batidas, roupas, macacos? Colocou um piercing na orelha ou no nariz, pintou o cabelo de vermelho ou fez moicano agora é cantor de banda de rock?
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Sou muito pontual neste sentido, sou pouco ponderante. Nada me agrada, nada é novo, nada e nada!
Tenho saudade de um tempo que não vivi [infelizmente]. Que tentei viver, que vivi no meu mundo. Dos amigos que me lembro com esta música.
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Sou daquelas que gostam dos originais, dos criativos. Da ousadia. Da liberdade. Do oculto que se eterniza.
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Não existem músicas que te fazem pensar, que te fazem viajar para um mundo de impossíveis, que te surpreende, que causa arrepios, que te causa medo. Medo de escutar, de se apaixonar, de imaginar.
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Sou adepta à antiguidade.
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Espíritas dizem que tenho o espírito de um velho.
Outros dizem que nasci velha.

terça-feira, 31 de março de 2009

Crise Financeira = fim do mundo?

Não, não vou ficar explicando a crise, nem discutindo soluções, até porque este papo é muito chato. Economia é chato. Jornal Nacional é chato.

A crise é séria, eu sei, muitas empresas (bancos, inclusive) quebrando, pessoas endividadas, desempregadas, aterrorizadas, enfim, um inferno, mas o que eu me pergunto é o seguinte: todas as empresas que quebrarem neste momento vão colocar a culpa na crise?

Fico imaginando a Varig, a Vasp e/ou o Banco Santos quebrando hoje... como seriam as manchetes? Como seria o discurso do Jabor?

Olha, trabalho com prestação de serviços para pessoas físicas e jurídicas. Visito muitas empresas e, às vezes, fico um certo período trabalhando dentro delas, o suficiente pra ver como elas funcionam, como estão organizadas e como são mal administradas.

Certamente você, se já não passou por isso, conhece alguém que já foi dispensado de uma empresa por ser "bom demais para o emprego". Que tipo de empresa dispensa um empregado por ele ser bom? Devo ser um péssimo profissional para manter meu emprego?

Claro que o motivo real não é esse. É a velha política de morder e assoprar depois. "Tô te mandando embora mas, ó, você é bom, tá? Sua estrela vai brilhar! Merece um lugar melhor! Vai com Deus e me liga. Nada pessoal, ok?". Simples corte de gastos. Ameaça de crise? Manda embora! Nem pense duas vezes.

Aliás, 5 anos estudando economia e a única solução que doutores encontram em momentos ruins é demissão em massa?

Na hora de contratar, fazem errado. Escolhem quem aceita ganhar menos e se humilhar mais. Que se danem a formação e a experiência. Currículos só com pretensão salarial e foto. Não querem um bom profissional; querem formar uma boy band. Pegam o auxiliar de assistente de ajudante de serviços gerais e botam lá pra fazer a entrevista com os candidatos, pagando de psicólogo. Dinâmicas de grupo onde os candidatos se vestem bem pra brincar de "galinha choca" numa sala com pessoas desconhecidas. Carnaval de clichês.

Uma vez dentro de uma empresa, onde deveriam estimular a cooperação e a união, estimulam a competição. A falsidade rola solta. Todos querendo aparecer, querendo se mostrar mais úteis que o infeliz da bancada da frente, do lado, sei lá.

Sem falar na má distribuição de empregados na empresa. Você é contratado pra fazer uma coisa e acaba sendo reaproveitado pra fazer outras, de preferência, que não tenham nada a ver com a sua área. O caso do tal auxiliar de ajudante que vira psicólogo, só pra economizar. É difícil imaginar em que tudo isso vai dar?

Então, não dá pra ter uma idéia real da crise assistindo ao casal das 8. Eu não sei até que ponto a instabilidade e a alta do dólar afetam a indústria e o comércio (em 2002 chegou a bater R$ 3,79, você lembra? não, né?), ou se a quebradeira é simplesmente o efeito do vento e da maré sobre esses castelos de areia que vemos por aí. Essa crise pegou os investidores, empresários e economistas de surpresa mesmo, como diz o rapaz munito do jornal, ou estavam todos acomodados e mal acostumados com o errado que dava certo até então?

Não sei. Talvez eu tenha escrito um monte de besteiras. Talvez não.

A crise é desse tamanho todo mesmo ou grande parte é sensacionalismo? Reflitam, pensem, chorem, arrotem; só não xinguem mamãe aí nos comentários.

Phernando Faglianostra também escreve besteiras sem graça no Bagulho Digital.